Alguma água na fervura dos resultados eleitorais
Há 17 horas
"É esta «visão intergovernamental» que tem prevalecido até à actualidade. Os líderes europeus têm tido receio de que, ao adoptarem um sistema federalista, estejam a contribuir para uma perda de identidade própria dos seus países, enquanto Estados soberanos. Só que a actual crise financeira que tem afectado a Zona Euro, e que não se restringe apenas aos países com problemas orçamentais, tem provado que esta visão não é a melhor solução para se resolver a crise. A Europa deve falar a uma única voz e não ter os líderes a afirmarem algo e o seu contrário."
«Para Buchanan as democracias têm uma tendência inata, natural, e incontrariável, fora do normativo constitucional[1], para gerar défices, e os motivos que aponta são: (1) a função objectivo dos políticos é a sua reeleição; (2) o desejo dos eleitores de maximizarem os benefícios líquidos que auferem do Estado consubstanciados na máxima produção de bens e serviços com minimização da tributação; (3) a autoridade dos políticos para gastarem sem tributar; (4) a falta de incentivos sentida por qualquer governo para ser fiscalmente responsável dada a impopularidade das medidas necessárias e a potencial rotatividade das administrações decorrente de eleições periódicas em datas pré-definidas que não asseguram a continuação das políticas de contenção pelos governos seguintes. Logo, as democracias tendem a gastar e a não tributar! Portanto, são incapazes, por si mesmas, de controlar défices e a acumulação de dívida pública!»